sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Johnny Cash: A Saudável Biografia

Enquanto no Brasil impera a incoerência entre biógrafos e artistas, resolvi apelar para a leitura de um dos artistas mais idolatrados – senão o mais – da história do country e dos rock nos Estados Unidos, Johnny Cash. O livro originalmente foi publicado em 1997, época em que Cash dava seu último tiro de consagração no cenário musical. O cantor faleceu em 2003.

O jornalista Patrick Carr contribuiu para que o texto se ajeitasse e Johnny não economiza em seus feitos na primeira pessoa. Por não usar a linha comum (e às vezes maçante) das biografias – nascimento, infância, primeiros trabalhos, carreira artística e curtindo a velhice – talvez seja o mais interessante do livro. Muitos artistas optam pelo modelo para convencerem os fãs que alçaram o sucesso a duras penas.

Ao invés disso, o menino pobre, nascido e crescido nas fazendas de algodão do Tennessee, preferiu focar as temáticas que mais lhe alegraram e perturbaram em toda sua trajetória aos 65 anos de idade.

Um dos problemas relatados, encarado como trauma, diz respeito ao acidente com o irmão Jack na adolescência. Cash detalha o ocorrido desde a premonição feita por ele momentos antes até o dia do óbito no hospital.

O vício em anfetaminas foi outro aspecto abrangido na obra. Rotina desregulada, temperamento explosivo, depressão e isolamento de entes queridos e o momento de redenção e reviravolta, graças à família da amada June Carter.

A religiosidade do artista pode ser o ‘ponto de equilíbrio’ do livro. Cash depõe todo seu amor a Deus sem que seus relatos pareçam uma pregação barata de igrejas intolerantes. A leitura constante da Bíblia e outros textos sagrados só reforçam tentativas de casar estilos musicais com o gospel.

Parcerias e amizades dão a entender a simplicidade de Johnny para elogiar quem esteve próximo em tempos de disputa saudável entre country e rock a partir dos anos 60. Roy Orbison, Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Willie Nelson são apenas alguns entre tantos.

Em uma era de decadência musical em se tratando de conteúdo, vale a leitura e o download das músicas do Man In Black no epílogo. O livro é muito mais que a cinebiografia ‘Johnny & June’, estrelado pelo brilhante Joaquin Phoenix e a insossa Reese Witherspoon.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Títulos do Oscar 2015 com Enredos

Ainda na ressaca do Oscar 2015, no qual Birdman e Grande Hotel Budapeste abocanharam quatro prêmios cada, o artista Ji Lee fez uma brincadeira nos títulos dos filmes mais destacados desse ano. Trata-se do uso da tipografia, ou a arte no designer das palavras, resumindo as tramas ainda no título. Parte de seu trabalho pode ser visto no site http://pleaseenjoy.com/projects/personal/word-as-image. 










Fonte: http://www.brainstorm9.com.br/

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

E se Diretores de Cinema fizessem Miojo?

O site Byte que eu Gosto publicou uma relação de como diretores de cinema fariam miojo (http://migre.me/nY2eQ), que tem desde Peter Jackson até Clint (Bang Módafoca) Eastwood. E pegando carona nessa ideia, resolvi incrementar a lista de possíveis roteiros ‘lamenscos’.

Martin Scorsese: ia pegar um miojo contrabandeado por gangster de nova york.

Guillermo del Toro: um miojo fantástico do submundo ganha vida, trazendo macarrões vingativos e temperos em forma de fadas

David Lynch: Um cozinheiro viúvo e esquizofrênico passa a ter visões no miojo fervendo, fazendo com que tenha devaneios da mulher recluso em seu restaurante.

Wes Anderson: Na tentativa de reconciliar os filhos, um senhor decide fazer o festival do miojo em seu acampamento, descobrindo novos conceitos sobre a vida (e o miojo)

Ang Lee: Ao cozinhar um miojo de carne, que queria ser frango na infância, o chef flutua até encontrar o vilão que o moldou, derrotando vários inimigos. Destaque para os efeitos especiais fracos.

Ridley Scott: filmado na antiguidade, um miojo vegetal briga com o miojo de tomate, e os dois entram em conflito pelo domínio do poder da panela fervente.

Tim Burton: Johnny Deep seria o miojo principal

Oliver Stone: O miojo seria patriótico no começo, mas depois acaba descobrindo falcatruas no sistema e se torna um narcotraficante a favor dos pobres

Akira Kurosawa:  O preparo do miojo seria sentimental, porém com conflitos internos sobre o amor e a amizade. Tudo isso no Japão do século XVII.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015




Seria possível reverter a entropia (em termos chulos reverter o irreversível, no caso a energia do Sol)? Este é o argumento que Isaac Asimov (gênio), usou para escrever um de seus melhores contos chamado “A ultima pergunta”. O texto de 12 paginas apenas (que parece ser bem menos) conta a historia de varias gerações de pessoas que se perguntam se é possível reverter a ENTROPIA. No texto percebe-se a genialidade do autor quando este cita a utilização de energia solar e super computadores para processar informações extremamente complexas para os homens, além de que o leitor não precisa ser nenhum físico quântico para entender o texto (procure no youtube o video que ele fala sobre computadores portáteis, vide os livros “Eu, Robo!” e “Fundação”).



Segue abaixo um trecho do conto e o link para fazer o download do texto inteiro:



“A última pergunta foi feita pela primeira vez, meio que de brincadeira, no dia 21 de maio de 2061, quando a humanidade dava seus primeiros passos em direção à luz. A questão nasceu como resultado de uma aposta de cinco dólares movida a álcool, e aconteceu da seguinte forma…

Houve um breve silêncio. Adell levou o copo aos lábios apenas ocasionalmente e os olhos de Lupov se fecharam. Descansaram um pouco, e quando suas pálpebras se abriram, disse, “Você está pensando que iremos conseguir outro sol quando o nosso estiver acabado, não está?”

Quando o sol se for, as outras estrelas também terão se acabado.”

“Pode estar certo que sim” murmurou Lupov. “Tudo teve início na explosão cósmica original, o que quer que tenha sido, e tudo terá um fim quando as estrelas se apagarem. Algumas se apagam mais rápido que as outras. Ora, as gigantes não duram cem milhões de anos. O sol irá brilhar por dez bilhões de anos e talvez as anãs permaneçam assim por duzentos bilhões. Mas nos dê um trilhão de anos e só restará a escuridão. A entropia deve aumentar ao seu máximo, e é tudo.”
“Adell estava bêbado o bastante para tentar, e sóbrio o suficiente para construir uma sentença com os símbolos e as operações necessárias em uma questão que, em palavras, corresponderia a esta: a humanidade poderá um dia sem nenhuma energia disponível ser capaz de reconstituir o sol a sua juventude mesmo depois de sua morte?

Ou talvez a pergunta possa ser posta de forma mais simples da seguinte maneira: A quantidade total de entropia no universo pode ser revertida?

Multivac (o computador) mergulhou em silêncio. As luzes brilhantes cessaram, os estalos distantes pararam.

E então, quando os técnicos assustados já não conseguiam mais segurar a respiração, houve uma súbita volta à vida no visor integrado àquela porção de Multivac. Cinco palavras foram impressas: “DADOS INSUFICIENTES PARA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.”

Na manhã seguinte, os dois, com dor de cabeça e a boca seca, já não lembravam do incidente.”

E no final de 12 paginas você irá encontrar a resposta definitiva de como reverter a Entropia ou talvez da vida, do universo e tudo mais…




DOWNLOAD : ISAAC ASIMOV – A ULTIMA PERGUNTA


Agora só baixar e ler!

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A serie de livros de Douglas Adams que mudou a minha vida.





Qual o sentido da vida do universo e tudo mais? O que pensaria uma baleia ao se materializar a varios kilometros de altura junto com um vaso de petunias? Quais são as piores poesias do mundo? O que acontece ao jantar no restaurante no fim do universo? Qual a mensagem de Deus para o universo? Para que serve uma toalha?

Arthur Dent e seu amigo Ford Prefect nos levam e uma aventura pelo universo se metendo em altas confusões (falei igual o locutor da sessão da tarde hein?), e assim respondem essas e outras questões em uma trilogia de 5 livros:

  • O guia do mochileiro das galaxias
  • O restaurante no fim do universo 
  • A vida, o universo e tudo mais
  • Até mais e obrigado pelos peixes
  • Praticamente inofensiva

Na verdade esse que vos fala leu apenas 4 dos 5 livros e tem na cabeça que é uma trilogia de 4 livros. Ao pegar pela primeira vez O guia do mochileiro na mão e começar a ler foi algo estranho, com um humor sem noção e britanico, logo nas primeiras paginas até a destruição da Terra voce percebe que toda aquela situação foi proposta para gerar uma piada e isso para mim é GENIAL!

Mais para frente (e nos outros livros) voce encontra alguns textos parecidos com contos, como o da Baleia e o Vaso de petunias, que parecem meio jogados e sem sentido no meio do contexto da historia mas que mais para frente voce encontra um sentido para aquilo estar ali principalmente quando não para no primeiro livro.

Segue abaixo o conto da baleia e o vaso se petunias, todos os livros podem ser comprados em qualquer site de livrarias virtuais e a coleção custa em media 30 reais (sim, 30 dilmas por 5 livros sensacionais!)



Também não se falou mais no fato de que, contra todas as probabilidades, uma cachalote havia de repente se materializado muitos quilômetros acima da superfície de um planeta estranho.
E como não é este o ambiente natural das baleias em geral, a pobre e inocente criatura teve pouco tempo para se dar conta de sua identidade “enquanto” cachalote, pois logo em seguida teve de se dar conta de sua identidade “enquanto” cachalote morto.
Segue-se um registro completo de toda a vida mental dessa criatura, do momento em que ela passou a existir até o momento em que ela deixou de existir.
- Ah…! o que está acontecendo?, pensou o cachalote.
- Ah, desculpe, mas quem sou eu?
-Ei!
- Por que estou aqui? Qual minha razão de ser?

- O que significa perguntar quem sou eu?

Calma, calma, vamos ver…ah! Que sensação interessante, o que é? É como… bocejar, uma cócega na minha.. minha…bem, é melhor começar a dar nome as coisa para eu poder fazer algum progresso nisto que, para fins daquilo que vou chamar de discussão, vou chamar de mundo. Então vamos dizer que esta seja a minha barriga

Bom. Ah, está ficando muito forte. E que barulhão é esse passando por aquilo que resolvi chamar de minha cabeça? Talvez um bom nome seja… vento! Será mesmo um bom nome? Que seja… talvez eu ache um nome melhor depois, quando eu descobrir para que ele serve. Deve ser uma coisa muito importante, porque tem muito disso no mundo. Epa! Que diabo é isso? É… vamos chamar essa coisa de rabo. Isso, rabo. Epa, eu posso mexê-lo bastante! Oba! Oba! Que barato! Não parece servir para muita coisa, mas um dia eu descubro pra que ele serve. Bem, será que eu já tenho uma visão coerente das coisas?

Não.

Não faz mal. Isso é tão interessante, tanta coisa pra descobrir, tanta coisa boa por vir, estou tonto de expectativa…

Ou será o vento?

Puxa, realmente tem vento demais aqui, não é?

E puxa! Que é essa coisa se aproximando de mim tão depressa? Tão depressa. Tão grande e chata e redonda, tão… tão.. Merece um nome bem forte, um nome tão… tão… chão! É isso! Eis um bom nome: chão!

Será que eu vou fazer amizade com ele?

E o resto – após um baque súbito e úmido – é silêncio.

Curiosamente, a única que passou pela mente do vaso de petúnias ao cair foi: Ah, não, outra vez! Muitas pessoas meditaram sobre esse fato e concluíram que, se soubéssemos exatamente por que o vaso de petúnias pensou isso, saberíamos muito mais a respeito da natureza do Universo que sabemos atualmente.


DON’T PANIC!

Oscar 2015 - Míseros comentários e apostas arriscadas

A cada ano que passa a Academia foca em um tema central nos critérios de filmes favoritos. Das produções de 2011 - quando o foco foi a história do próprio cinema com O Artista e Invenção de Hugo Cabret – para cá enredos como o racismo, cinebiografias e a superação ante variadas dificuldades, obviamente adicionadas de pitadas de 'O problema é fora dos EUA', ganharam ênfase. De acordo com a reportagem do caderno Ilustrada da Folha de São Paulo de hoje (22/2/15) o foco dos principais concorrentes da premiação de 2015 é a reviravolta do homem, ou das histórias em que estão envoltos. Na lista abaixo segue as indicações das 6 principais categorias com breves comentários dos autores, identificados com as iniciais


Melhor atriz coadjuvante
Patricia Arquette ("Boyhood")
Laura Dern ("Livre")
Keira Knightley ("O jogo da imitação")
Emma Stone ("Birdman")
Meryl Streep ("Caminhos da floresta")

GON: Quem sabe Arquette, sumida desde Stigmata, leve as honras no longa de 12 anos que fala do problema do divórcio aos filhos.

ZG: Nessa categoria eu acho que quem ganha é a Emma Stone em Birdman pelo hype que o filme está causando em Hollywood, mais pra frente teço meus comentários sobre Birdman. Patricia Arquette é que mais ameaça no filme que levou 12 anos para ser feito.

Melhor ator coadjuvante
Robert Duvall ("O juiz")
Ethan Hawke ("Boyhood")
Edward Norton ("Birdman")
Mark Ruffalo ("Foxcatcher")
JK Simons ("Whiplash")

GON: J.K. Simons, o eterno meme JJ do Homem-Aranha, é sádico e perfeccionista. Mas Edward Norton como arrogante – a arte imita a vida? – pode levar.

ZG: Para mim JK Simons ou John Jonnah Jameson (hahaha) merecia esse premio pelo professor em Whiplash. Filme empolgante, ridiculamente bem interpretado pelo ator. Novamente pode ser que tenhamos uma surpresa com o Edward Norton, mas minha aposta ja esta feita.


Melhor atriz
Marion Cotillard ("Dois dias, uma noite")
Felicity Jones ("A teoria de tudo")
Julianne Moore ("Para sempre Alice")
Rosamund Pike ("Garota exemplar")
Reese Witherspoon ("Livre")

GON: Jane Hawking está ao lado de Stephen antes mesmo da doença se manifestar, e suporta as agruras até onde pode. Felicity Jones carrega uma mea culpa de Capitu.

ZG: Quem leva é Rosamund Pike por Garota Exemplar, filme muito bom, atuação excelente dessa atriz que eu não conhecia ate então e fiquei com medo ao ver o filme.


Melhor ator
Steve Carell ("Foxcatcher")
Bradley Cooper ("Sniper americano")
Benedict Cumberbatch ("O jogo da imitação")
Michael Keaton ("Birdman")
Eddie Redmayne ("A teoria de tudo")

GON: Eddie Redmayne, com o perdão do trocadalho, entrou de corpo e alma em Stephen Hawkings a ponto de comover. Fantástico!

ZG: Michael Keaton leva pelo hype que Birdman está passando, apesar que eu gosto de atores de comedia em filmes de Drama, mas quem ganha é o HOMEM PAAASSAROO!


Melhor diretor
Alejandro González Iñárritu ("Birdman")
Richard Linklater ("Boyhood")
Bennett Miller ("Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo")
Wes Anderson ("O grande hotel Budapeste")
Morten Tyldum ("O jogo da imitação")

GON: Wes Anderson insiste em suas manias...e ainda cativa - a família em uma trama, a fotografia enferrujada, a simetria e o olhar de cima nos takes, Bill Murray e Owen Wilson... Será que Iñárritu pode ser mais um intruso mexicano a roubar a cena?

ZG: Nessa categoria Linklater leva pelo seu trabalho de 12 anos no filme Boyhood. Apesar de não ter visto o filme, é muito difícil de um diretor conseguir manter o clima o ritmo de um filme por tanto tempo, talvez a academia leve isso em consideração. Filmes com planos sequencia como Birdman já não são novidade.


Melhor filme
"Sniper americano"
"Birdman"
"Boyhood: Da infância à juventude"
"O grande hotel Budapeste"
"O jogo da imitação"
"Selma"
"A teoria de tudo"
"Whiplash"

GON: Sniper ainda insiste na dramaticidade traumática estaduniense, mas corre por fora. O Grande Hotel é legal, bem feito, mas sem nenhum destaque. O demorado Boyhood passa num piscar de olhos. Selma é mais um filme para mostrar e provocar sobre a questão racial retratando a marcha de Luther King...talvez Birdman seria o equilíbrio de tudo isso, ou não!

ZG: Nessa categoria farei uma aposta ja sabendo que irei perder. WHIPLASH, para mim é o melhor filme de 2014. É empolgante, ótimos atores, trilha sonora sensacional, foi um filme que vi mais de uma vez por talvez ser apaixonado por musica. Pensando então sem o coração, quem leva é Birdman, pois o que manda é a campanha, nessas horas a quantidade de votos e o hype devem dar a este filme “genial em plano sequência” que eu achei fraco e extremamente entediante a estatueta de melhor filme de 2015.


Os dados estão lançados! Que vençam os melhores (não necessariamente para os jurados)!




Verbunden

Está no ar mais um blog que vem adicionar, manter ou subtrair a informação das massas. Alienado de qualquer partidarismo comunicativo, este domínio tem como principal objetivo dissecar o tumultuado e confuso rodo cotidiano que nos aflige e desafia, indo além dos 140 caracteres do pássaro azul. Por enquanto a equipe é formada por 2(dois) pirados, mas que ainda pode aumentar conforme a necessidade, ou a nerdice. NÃO É O QUE VOCÊ SABE, MAS AQUILO QUE PODE POSTAR!